Monday, November 13, 2006

novo degrau na escada,
nova pedra no caminho,
há nova jornada
este é o novo blogzinho:

http://todoslivres.blogspot.com

beijinho :)

Thursday, July 13, 2006

coisas soltas... em nome da justiça

Não te chamo, e apareces
E pões uma ateia a dizer preces
A irracionalidade tu teces
Chamas-te medo, tu não me mereces!

...sai.

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não tenho nada a declarar,
Zero a dizer,
Nicles para dar.

Só me quero é deitar
e sonhar,
sonhar,
sonhar...

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Nesta vida não há impossível
Basta querer, para ser fazível
Mas como em todas as regas, há uma excepção:
Impossível é esquecer-te, aprendi esta lição!

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Eu não sei escrever
Em nenhuma folha de papel
O quanto te quero ver,
O quanto quero o teu mel

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...e amar-te há-de ser uma eterna odisseia,
que pra mim não és só pessoa -- tu és uma ideia!

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Não mintas por um momento sequer
Com palavras ambivalentes que me fazem sentir mulher
Não mintas, só porque cai bem
dizer que me amas também...
Não mintas, mesmo sem querer
Quando falas das saudades de me ver
Não me mintas, e promete-me agora
que não me chamarás 'pra depois me mandares embora...

(ou se quiseres mente...)

Sim, mente, enche-me de felicidade artificial
que eu não me importo, e quero viver neste manacial
De mentiras.
Sim, mente, e não te sintas culpado
Que eu não acredito em deus, e por isso não é pecado!

tu és tudo.

Friday, May 26, 2006

1 ano de Liberdade ... ou aniversário do blog




a liberdade de escrever,
o amor de partilhar.
a paz de não ter que correr,
a alegria de ver um ano passar.

Obrigada a ti, que me inspiras
Obrigada a ti, que me lês
Obrigada mesmo que me firas
Obrigada, só por seres como és.

Wednesday, May 24, 2006

Ideias, I

E eu era só mais um satisfeito cidadão
que desenrolava a vida na caverna de Platão
Acreditava no que via, nem sequer punha em questão
Que houvesse melhor terra, ou gente, ou até pão.

Belo dia acordei, decidi olhar pró outro lado
O que vi era tão vívido que me deixou ofuscado
O mundo das ideias, qual quadro por mim pintado,
era o segredo da vida, brutalmente revelado.

Saí da caverna, e larguei a correr
de encontro ás ideias, onde eu queria pertencer
e abracei-as e nelas mergulhei o meu ser
e jurei para nunca mais no conformismo viver.

Thursday, March 23, 2006

o princípio

As raízes do meu cabelo,
desconfio que são árvores, e não pêlo.
As minhas lágrimas, pedaços de gelo.

Meus joelhos, nós da madeira
As pestanas são pura poeira
de estrelas - eu sou verdadeira!

Meu corpo é de barro, os olhos são cristal!
E o rosto é um cravo, e as unhas são sal!

( e eu toda junta não sou nada, que é como ser um pouco de tudo...)

Wednesday, March 01, 2006

a diferença

Pedrinhas na vidraça
O rapaz no meio da praça
Vazia em noite escura
A sua alma, insegura

Luz trémula na janela
A menina e uma vela
Espreita, ainda a medo
que lhe descubram o segredo

Ela estende a mão ansiosa
Ele entrega-lhe uma rosa
E sussurra-lhe que o amor
É fugaz, tal como a flor ...

Ela chora.

Wednesday, February 15, 2006

ideal(mente)

Admiro-te pelo que és
E por tudo o que fizeste
Que um homem não são 2 pés
Nem um corpo, nem o que veste.

Dos humanos que conheço,
tu és o mais completo:
Sabes que o amor não tem preço.
...dás valor ao intelecto...

E até os teus defeitos
São tão deliciosos!
Não és daqueles sujeitos
Frívolos e ociosos

(amo-te)

Tuesday, January 31, 2006

lost (achada)

sou puzzle incompleto,
uma casa sem um tecto.
sou corpo sem intelecto,
da hipotenusa sou o cateto.

escrevo sobre de mim porque de mim nao sei...
imagino-me legislador pra poder inventar a lei,
encarno a humildade e admito que errei,
peço ajuda á esperanca e ela diz-me: ''one day...''

Thursday, January 19, 2006

ladrão

vi-te ao longe, etéreo e fugaz
e dei um passo em frente, mas andei para trás
gritei o teu nome, e fez-se silêncio
...o coração enche-se de forças, mas o medo vence-o

só a mim.

Tuesday, January 17, 2006

anti-matéria

Para que me serve um objecto
Ou dois, ou três, ou trinta deles
Se ha quem nem saiba o alfabeto
E tenha jóias, piscina, e casaco de peles?

Eu não quero materiais
a encher-me os espaços em branco
Tenho outros ideiais:
de mundo livre, honesto e franco.

Sunday, January 15, 2006

é hora

Essência do meu ser,
Sai do casulo!
Que eu estou farta de ficar a ver,
Preciso de dar o pulo!

Minha vocação é ser borboleta,
E eu quero alcançar essa meta!
(só voando eu vou ser completa, só vivendo posso ser poeta...)

Sunday, January 08, 2006

desilusão

quem és? que nem isso eu sei,
ainda agora acordei...
deixa-me calçar as chinelas
e acender algumas velas,

e sair do leito e olhar-te a eito...

aqui de fora és-me familiar
mas de perto tens outro ar:
o de labirinto complicado
ou de um poeta mal-amado...

conto até três e olho outra vez.

não podes ser tu, isto é só projecção
tridimensional dum sonho, e esse é que é vão!
é que tu não existes, tu és mera criação
do que eu queria que fosses, da minha imaginação...

não és como eu.

Saturday, January 07, 2006

Prisão- II

A minha vida é ilusão,
Criada no antro da minha cabeça.
Onde tudo se mexe, mas eu não.
E não há vivalma que me conheça

Minh’alma ao espelho, cinzenta.
Olhando á roda, imagens de tormenta
E assim vou fazendo uma intospectiva...
Descubro que nem sequer sei se estou viva.

Mata-me, pode ser que não aconteça nada.

Prisão

Mata as moscas da minha consciencia
Limpa as teias na minha resistência
Salva-me da tristeza da existência
Transforma-me usando a tua ciência

Ajuda, preciso da tua !
Que tu és o guarda da prisão do meu ser
E esta noite eu quero ver a lua
Dá-me a chave, senão não a vou poder ver...

Tuesday, December 20, 2005

ilusionismo

minha inspiração,
quiçá donde vem?
se o meu coração
nem conhece ninguém?

Friday, December 09, 2005

Na Rua

Piso estes quadrados de cimento,
E vou comparando-os ao meu sofrimento,
Sempre contendo o meu triste lamento:
Que eu sei que isto muda, o processo é que é lento!

Inspiro profundamente este ar puro
Sobreviverei! – a mim própria juro
Vou travando uma luta de tiros no escuro
E em mim, a certeza que saltarei este muro.

Chego a casa.