nada
este corpo está ocosem alma
e o coração - louco!
não acalma
as mãos brancas, doentes
sem tacto
a boca cerrada, com os dentes
fez pacto
o cabelo de ouro não cintila e não é bonito!
e a voz que era doce hoje morre num grito ...
e a pastora, a poeta, a sereia
já não são árvore, nem palavra, nem areia
e o amor.
ao homem e poeta Eugénio de Andrade
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