Sunday, October 23, 2005

ser(mão)

as tuas mãos permanecerão um mistério.
um território lamacento onde um dia tentei semear amor, em vão. colhi apenas indiferença disfarçada de falta de tempo, qual planta hibridizada. colhi pena disfarçada de amizade --uma colheita geneticamente modificada...
as tuas mãos assim permanecerão, misteriosas.
como um espelho sem reflexo (que não tem como dar, ou antes receber?), como um animal sem instinto (preso ao passado que já foi e não mais volta a ser), como no fundo, elas próprias são: das palavras são ''talvez'', nem o ''sim'' nem ''não''...

1 Comments:

At 9:37 AM, Blogger sara cacao said...

Quem disse que os olhos eram o espelho da alma não olhou para as suas mãos...

 

Post a Comment

<< Home