Saturday, July 16, 2005

chamemos-lhe raiva (pequenina...)

desculpa-me, mas ás vezes ainda me dás raiva. é residual, sim, mas existe. e aparece. e eu não a vou ignorar. não a quero projectar em ti, porque te amo e só quero proteger-te. então pego nela e sublimo-a. transformo-a num impulso de arte, e a raiva deixa de ser raiva e passa a ser palavras emocionadas, escritas na minhacaligrafia mais pura. as letras em estado bruto são minhas, e estão escritas no verso de folhas que eu um dia odiei porque falavam de impostos e de instituições publicas. mas que hoje aprendi a respeitar, porque têm o outro lado: branco, livre, que me dá espaço para engendrar planos literátios, para fazer esboços das minhas obras-primas.

sim, é esta ponta de raiva que já quase não se vê que me leva a escrever-te e a cantar-te, enquanto me escrevo a mim e me canto a mim! que no meu universo da criação hoje existimos apenas os dois, e nós os dois somos suficientes. não me peças para encaixar mais nada nem ninguém! deixa-me, pelo menos hoje, ser egoísta.

e deixa-me ter raiva de ti... em mim, ela confunde-se com inspiração



som: no doubt - simple kind of life

1 Comments:

At 5:21 AM, Blogger Filha da Mãe said...

conheço bem esse sentimento.. agora mais do que nunca! a vida nao para de me surpreender! mts bjs

 

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